quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Ele desbundou

Ele desbundou, debandou e me deixou
chorando no pé de qualquer calçada
no banheiro sentada sob luz amarelada.

Amarela minha cara, meu sorriso
só de pensar no que tu fez comigo
como pôde partir assim
sem adeus
e nem ligar.

Tenho vergonha de mim
quando olho no espelho
por tu ter me deixado desse jeito
sem tchau nem dó,
cara de pau!
quem vai embora sou eu!
quem já viu me deixar assim
com essa mania de poeta
de cantar, tomar uma dose
e com marca do teu abraço
nos meus braços
pequenos pra ti.

Agora
tu já deve tá bem acomodado
em outros braços,
que os meus não te couberam.

E mesmo depois de tudo
choro,
sinto saudades,
escrevo versos
e te quero mais que tudo.

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