quarta-feira, 22 de outubro de 2008

a m o r

É como se todas as coisas fossem minhas. E temos tanto para dar um ao outro que quanto mais se dá, mais temos para nos dar. Algumas vezes tu diz que eu sou o sol, ou uma estrela nova, ou uma alga. E eu acredito, porque ao teu lado tudo parece possivel. Esse amor é coisa mais delicada que eu já tive. E ao mesmo tempo, é como se eu não o tivesse porque parece que pode se esvair a qualquer momento de forma tão surreal e fantástica como foi quando pousou, borbeleta da primavera, no meu ombro distraido. Eu imagino coisas que achei nunca imaginar. E faço planos... As vezes conservo um segredo por mais tempo, só pra ter o gosto de confidencia-lo depois. E todas as coisas estremecem só de murmurar o teu nome. Eu realmente não sabia que o amor podia ser assim. É tão delicado que não tenho palavras. Tão doce que umedece meus olhos enquanto escrevo. Tão grande, que eu poderia explodir. Tão leve que chega a doer; com o contraste da minha alma pesada e densa.

(inspirado em "Adeus", de Eugénio de Andrade.)

Um comentário:

Anônimo disse...

amo-te.
simpres e inexplicavel.