sábado, 5 de fevereiro de 2011

A menina e o bicho solto


Não faz isso menina, não se deixa dominar por esse sentimento pequeno-burgês, o ciúme. Pode sentir ciúmes, sim, mas não pode se deixar dobrar por ele, entendeu? Tem que ser ao contrário, quem dobra ele é você. Eu disse dobrar, não amassar. E se possível, transformá-lo numa coisa bem bonita, como um origami. Escuta, o amor é um cavalo selvagem no qual não se pode pôr rédeas. Não se deve. Passarinho solto canta mais bonito, cachorro novo se ficar muito no braço amufina. Deixa ele correr livre por outros campos tão verdejantes quanto, ou por onde mais ele queira ir, ele volta. Ou não. De qualquer forma, sempre há o "ou não". Nessa vida não existem garantias. Se alguém te der, te prometer, jurar pela mãe; não acredita, são sempre mentiras! Registrar em cartório, papel passado, anel de noivado é tão inútil quanto sinto de segurança em avião. C'est la vie, fille, c'est la vie. Olha, pára, pára de esperniar; não seja assim tão mimada, tão cheia de querer... você não pode ter sempre tudo que quer, ok?! Ô menina malcriada, cê tá me escutando?!

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